sábado, 24 de maio de 2008

ESCUTEIROS E A MEDIA MARKT



A actual campanha publicitária da Media Markt com o slogan "Eu é que não sou parvo" está a revoltar os escuteiros. Estes ameaçam a empresa com um processo judicial caso não suspenda o anúncio, noticia a Lusa.

O chefe do Corpo Nacional de Escutas, Carlos Alberto Pereira, enviou um ofício à empresa classificando a campanha de "clara, objectiva e intolerantemente ofensiva para os 80 mil escuteiros portugueses e suas famílias". O dirigente pede " a suspensão imediata da referida campanha publicitária e a cessação da menção aos escuteiros". Caso contrário "teremos de agir judicialmente, quer civil, quer criminalmente", avisa Carlos Alberto Pereira.

Por seu lado, a Media Markt lamentou a "errada interpretação que foi dada por alguns", argumentando que a campanha se baseia no seu slogan "usado a nível internacional 'Eu é que não sou parvo', adaptado à língua materna de cada país". A publicidade em questão teve "como ideia central a criação de uma nação fictícia - a Parvónia - onde vivem os seus originários cidadãos: Os Parvos", explicou ainda a empresa em comunicado enviado à Lusa.

A Media Markt acrescenta que "todo o tom da campanha é humorado e bem-disposto, não querendo nunca ofender, retratar de forma agressiva ou ferir a susceptibilidade de qualquer grupo ou entidade social". A empresa defende ainda que nunca teve a intenção de "retratar classes políticas ou sociais nem (...) denegrir a imagem de grupos sociais tão importantes e fundamentais para a sociedade como o são todas as corporações de escuteiros, que para muitos jovens portugueses foram e são uma grande escola de vida".

O personagem do escuteiro é acompanhado na campanha por três "cidadãos da Parvónia" de visita a Portugal: o presidente, um general e a miss do país imaginário. Entretanto surgiu na Internet uma petição que exige "a retirada do anúncio e um pedido de desculpas", explicou à Lusa Nuno Castela Canilho, dirigente do Agrupamento de Escuteiros 1037 da Mealhada e primeiro signatário da petição.

"A publicidade não precisava de um escuteiro para dar a ideia dos parvos" e se este "não estivesse fardado era igual", salientou o responsável escutista.

Fonte: http://dn.sapo.pt/

DocBarbosa: Obrigado aos escuteiros portugueses por nos chamarem á atenção para a presença de um escuteiro no anuncio, se não fossem eles “a mandar vir” a maior parte das pessoa não reparava!